domingo, 31 de agosto de 2014

CAPÍTULO 40 - New directions

Só me dei conta do que havia acabado de revelar, quando o Mateus insistiu na pergunta. Fiquei perdida, o que eu diria, a verdade?-
Mateus: E então, Thais? O que sua irmã tem, e por que logo você vai com ela ao médico?
Thais: An...ah, Mateus, é que...-atropelei as palavras e não consegui formar uma frase, ele me olhava sem entender muita coisa-
Isabela: Thais, a gente pode ir agora? -ouvi sua voz atrás de mim e me virei, olhando-a-
Thais: Aham. -eu queria muito fugir dessa situação-
Isabela: Oi, Mateus.
Mateus: Oi. Alguém pode me explicar o que ta acontecendo? -Isabela e eu nos entreolhamos-
Thais: Temos que ir agora. Prometo que mais tarde vou te ver. -beijei seu rosto e fui em direção ao carro da Isabela, sim, eu havia vindo com ela e deixado o meu em casa. Fomos o caminho todo em silêncio, e só quando estávamos no estacionamento da clínica, ela se pronunciou.-
Isabela: Você contou pra ele?
Thais: Não.
Isabela: E vai contar?
Thais: Uma hora ele vai saber, não é?!
Isabela: Espero que fique tudo bem.
Thais: Não mais que eu! -disse saindo do carro e batendo a porta. Por uns instantes fui tomada por uma pequena raiva. Independente do que esteja acontecendo agora, nada muda tudo o que o Mateus já passou e sofreu por causa da Isabela. Não gosto nem de pensar na possibilidade de vê-lo em alguma dessas situações outra vez. Só espero do fundo do meu coração, que ele já tenha amadurecido o suficiente com isso tudo, e saiba lidar com o fato de que a mulher que ele ama está grávida de outro homem.-
Isabela: Thais? -me chamou fazendo com que eu me soltasse dos devaneios- Eu sinceramente não quero mais que o Mateus sofra por mim. Eu aprendi o suficiente com a vida, e me arrependo de tê-lo feito mal, mesmo que indiretamente. O Mateus é uma pessoa incrível.
Thais: Ele é. E está namorando, está tudo bem, ele superou. -menti. Ela não precisa saber que ele ainda a ama-
Isabela: Melhor assim, eu acho. -abaixou o olhar-
Thais: É. Melhor entrarmos. -ela assentiu e nós entramos na clínica. Me sentei em um dos bancos da sala de espera e ela foi até a recepção, depois voltou, sentando-se ao meu lado. Ficamos em silêncio durante os longos vinte minutos de espera, até que a médica a chamasse. Ela se levantou e me olhou, entendi, e a segui até o consultório.-
Dra: Boa tarde! -Isabela e eu respondemos juntas e a médica loira, que não aparentava ter mais de quarenta anos, sorriu.- Me chamo Juliana, e qual de vocês é a Isabela Almeida Collin? -perguntou olhando no computador-  
Isabela: Sou eu.
Dra: Vocês são gêmeas, não? -sorriu-
Thais: Bivitelinas, mas gêmeas.
Dra: Bem parecidas, apesar de bivitelinas. -ela era bem simpática e sorria o tempo inteiro- Mas vamos ao que interessa. Isabela, me acompanhe ao laboratório de exames, por favor. -se levantou com a ficha da Isabela na mão e nós à seguimos até o laboratório. Lá minha irmã fez exames de sangue, e nós tivemos que esperar meia hora até que eles ficassem prontos, e assim voltamos ao consultório, lá ela fez uma ultrassom.- Vejamos, como o exame de sangue indicou, você está com seis semanas. Seu bebê ainda é muito pequenininho, e só fiz essa ultrassom para ter certeza de como ele está.
Isabela: E como ele está, doutora? 
Dra: Muito bem, no tamanho e peso certos. Está se desenvolvendo normalmente e bem.-Isabela me olhou e deixou algumas lágrimas escaparem, sorri para ela- Não vejo necessidade de te passar qualquer restrição, apenas aquelas que são de praxe. Nada de muito esforço ou estresse. Tudo bem? -Isabela assentiu secando as lágrimas- Vou marcar seu retorno para daqui três semanas. 
Isabela: É que eu vou estar viajando.
Dra: Ah, não tem problema. Te dou um encaminhamento e você passa com um médico de sua confiança, onde estiver.
Isabela: Obrigada!
Dra: Imagina! É só isso. Meus parabéns, mamãe! -disse sorrindo e elas apertaram as mãos- E titia, claro. -sorriu e também apertou minha mão-
Thais: An...obrigada!
Isabela: Muito obrigada, até a próxima! -nós saímos do consultório e ela ficou estática próxima a porta, estasiada, eu diria- 
Thais: O que foi?
Isabela: Eu estou grávida, realmente grávida! -sorriu-
Thais: Por isso que estamos aqui. -disse de uma forma óbvia-
Isabela: Sim! -riu, estranha- É um sentimento maluco, ao mesmo tempo que estou enlouquecidamente feliz por isso. Estou triste por causa do Felipe, e com medo da reação do nosso pai. -seus olhos marejaram. Alô hormônios-
Thais: Por falar nisso, quando pretende contar pra ele, pra todo mundo? -perguntei enquanto íamos saindo-
Isabela: Não faço ideia. 
Thais: Não é insensibilidade, mas não precisa fazer tanto drama.
Isabela: Vamos mudar de assunto! -Thais e Isabela sendo Thais e Isabela. Não mudamos de assunto e nem começamos outro. Fomos o caminho inteiro sem falar nada, apenas ouvindo umas músicas aleatórias na rádio. Chegando em casa, fui direto para o meu quarto e tomei um banho. Desci, e vi que a Rita havia feito macarrão ao molho branco, amo essa mulher. Almocei calmamente e sozinha, depois voltei para o meu quarto. Procurei um filme bom para assistir na tv, mas nenhum me interessou. Então decidi ir até a casa do Mateus. Peguei meu long, e em vinte minutos eu já estava estacionando meu carro na vaga de visitantes do prédio dele. Toquei a campainha e fui atendida por um Mateus cheio de creme de barbear no rosto.- 
Thais: Cosplay de papai noel, adorei! -disse enquanto entrava- 
Mateus: Trouxa. -rimos e fomos indo pro quarto. Ele voltou a fazer a barba no banheiro do quarto, enquanto e o esperava sentada na cama.- Vai parar com o mistério? -disse vindo ao quarto, uns cinco minutos depois, já pronto.- 
Thais: Não era mistério... 
Mateus: Verdade, não era, ainda é! -sentou do meu lado- Não é que eu não tenha achado legal você se aproximar da Isa, mas é que é estranho. E como eu te conheço mais do que bem, sei que isso não foi a toa. Só não entendo porque não quer me contar. Por acaso ela ta doente, Thais, é isso? -perguntou visivelmente preocupado- 
Thais: Não, não é nada disso! -suspirei- Isabela, está...está... 
Mateus: Está? 
Thais: Grávida! Pronto, é isso! -eu não queria ter que faze-lo ouvir isso- Mateus: Grávida daquele namorado dela? -perguntou interrompendo um silêncio que nos dominou por alguns segundos.- 
Thais: É, mas ele não vai assumir. 
Mateus: Uou. -ele parecia estar meio desnorteado- 
Thais: Você ta bem? Tipo, ta bem com isso? 
Mateus: É...até que tô. Era só isso que estava me escondendo? 
Thais: Era. Tava com medo da sua reação. 
Mateus: Não tinha porque ter medo! Eu amo a Isabela pra caralho, mas não é reciproco, já saquei. Não tenho nenhum direito sobre ela, ou sobre as escolhas dela. Se eu já sonhei em vê-la grávida? Sim, já, e eu seria o pai. Mas não é assim, a vida não é como a gente quer. -disse isso e abaixou a cabeça. Eu o abracei- 
Thais: Eu tenho tanto orgulho de você! 
Mateus: Por que? -sua voz estava chorosa- 
Thais: Por você ser tão bom. Tudo que já aconteceu entre vocês te fez amadurecer, mas não te fez se tornar uma pessoa ruim e rancorosa. 
Mateus: Você só consegue ser feliz se semear amor! -desfez o abraço e nos encaramos, seus olhos estavam marejados- Quem sabe assim um dia acho minha felicidade. -sorriu- 
Thais: Você vai achar sim, eu te prometo! -sorrimos- 
Mateus: Eu te amo! 
Thais: Eu também te amo! -nos abraçamos de novo- 
Mateus: Obrigado por sempre estar ao meu lado. 
Thais: Esqueceu que você faz o mesmo por mim? -rimos fraco, e desfizemos abraço- 
Mateus: O que a gente vai fazer? -perguntou se levantando e eu o olhei surpresa- O que é? Vida que segue! -sorriu. E eu fiquei aliviada por vê-lo lidando bem com isso tudo- 
Thais: Andar de long, faz tempo que não fazemos isso. 
Mateus: Let's go! -disse pegando seu iPhone que estava conectado ao carregador, e o long debaixo da cama. Ficamos bastante tempo andando pelas ruas do bairro. Essa é uma das coisas que nos faz relaxar, é simplesmente tranquilizante, principalmente em boa companhia- 
Thais: Quero milk-shake! -disse quando nos sentamos em uma praça pra descansar- 
Mateus: Ali deve ter. -apontou para uma lanchonete que havia enfrente- Thais: Vamos lá. 
Mateus: Tô com preguiça. Mas quero um de baunilha. 
Thais: Folgado! Vou lá só porque quero muito um! -ele riu. Fui até a tal lanchonete e enquanto esperava os pedidos, vi que o Mateus estava falando no celular. Paguei, peguei tudo, e voltei. Entreguei o dele e ficamos lá sentados- 
Mateus: Adivinha com quem eu tava falando? -sorriu- 
Thais: Acredita que eu deixei a bola de cristal cair hoje, daí quebrou. -rimos- Mateus: Tô falando sério. Era o professor João, o professor de música. 
Thais: Por que um professor de ligaria? 
Mateus: Ele gosta muito da minha voz, desde a primeira vez que ouviu. Diz que eu canto bem e tenho muito potencial. Foi até ele que me convenceu a cantar na festa de fim de ano. É claro que isso tudo é um exagero, mas...Resumindo, ele conseguiu um tipo de audição pra mim, com uma empresária musical que é amiga dele. 
Thais: É claro que não é exagero nenhum, ta maluco? Você é demais! -ele riu- E se essa mulher te aprovar significa que você vai virar cantor, ficar milionário, fazer turnês, ganhar prêmios, ter milhões de seguidores, ser amigo e cantar com o John, ter fãs, e todas as coisas fodas que os cantores tem!? -perguntei exageradamente empolgada e ele riu da minha cara- 
Mateus: Acho que uma fã eu já tenho, porque né. -rimos- Mas pra eu conseguir isso tudo, primeiro eu tenho que vender cd's e fazer sucesso, mas claro, depois de ser aprovado. Meu Deus, por que eu tô embarcando nas tuas loucuras? -riu- Eu canto bem, pra uma festa de faculdade, mas só. -comecei a dar tapinhas nele- Ta doida? 
 Thais: Para de ser auto-depreciativo, idiota! Estavamos falando de felicidade a algumas horas atrás, quem sabe essa não é a chave pra sua? -sorri- 
Mateus: É, talvez. Mas vamos com calma. Só eu e você sabemos disso, vamos manter assim. Afinal, a mulher está em uma turnê mundial com uma de suas bandas. Só vamos nos encontrar quando a gente voltar do Brasil. 
Thais: Tudo bem, um passo de cada vez. -deitei a cabeça em seu ombro- Mas imagina só, você fazendo um dueto com o John na premiação do grammy. -sorri imaginando- 
Mateus: Thais? -me repreendeu- 
Thais: Ok, parei. -rimos. Depois de mais um tempinho ali, nós fomos ao MC Donald's fazer um lanche. Aproveitei o tempo lá para ficar conversando com o Júnior -que estava no centro de treinamento- no whatsapp. Ao sair, nós voltamos para a casa do Mateus. E encontramos a Laila lá, arrumando umas coisas, as coisas dela.- Falaê, Laila?! 
Laila: Oi. -nos cumprimentamos com beijos no rosto. Ela estava séria- 
Mateus: O que você ta fazendo? 
Laila: Vou voltar pro Brasil amanhã, com a Rafa. Vim pegar minhas coisas que ficaram por aqui. 
Thais: Bom, ta meio tarde. Acho que eu já vou indo. Tchau, gente. -saí propositalmente para deixa-los conversar.- 

 Mateus on 

 Mateus: O combinado não era a gente ir junto? 
Laila: Era! 
Mateus: O que você tem, hein? 
Laila: Eu não tenho nada. -guardou umas últimas peças na mala- 
Mateus: E como nós ficamos? 
Laila: Ah, Mateus...-deu uma pausa, se sentou no sofá e eu fiz o mesmo.- Sei que nós brigamos mas não quero que isso termine assim. 
Mateus: Isso o que? 
Laila: Eu nunca fiquei com alguém tão especial igual a você. Você se esforçou e cumpriu tudo que me prometeu. Sempre me tratou bem e me respeitou...mas não me ama. 
Mateus: Mas, Laila...-ela me interrompeu- 
Laila: Não precisa dizer nada. Eu sei quem você ama de verdade. E isso é tão grande e forte, eu nunca vou poder competir com esse sentimento. 
Mateus: A gente pode tentar. A gente ta tentando. 
Laila: Vai por mim, vai ser melhor pra nós dois. Você não pode ficar preso à mim sem ter sentimentos. 
Mateus: Não fala assim, eu gosto de você. 
Laila: Você gosta, só gosta. Eu te amo, e por isso quero muito te ver feliz, infelizmente sua felicidade não é comigo. 
Mateus: Me desculpa! Você é perfeita, eu não te mereço mesmo. 
Laila: Não, eu não osu perfeita. E não se desculpe. -ela me abraçou calmamente e eu a apertei em meus braços. Eu sentia algo bom por ela, infelizmente não era o sufiente. Droga, por que não podemos escolher a quem amar?- Foi maravilhoso enquanto durou. -desfizemos o abraço mas continuamos próximos. Coloquei minhas mãos em seu rosto fazendo com que nos encarassemos. Ela fechou os olhos, mas deixou uma solitária lágrima escapar. Aproximei nossos lábios e a beijei delicadamente, enquanto ela enlaçava meu pescoço com os braços e acariciava meus cabelos.- 
Mateus: Obrigado por tudo! -disse entre selinhos- 
Laila: Preciso ir. -ela se soltou de mim- Até qualquer dia. -disse sem jeito e eu sorri, e assim ela se foi. Me joguei pra trás, caindo deitado no sofá. Que loucura. Meu cerebro ainda se esforçava pra processar tudo que havia acontecido nesse looongo dia. Talvez eu tenha vindo com algum defeito de fábrica, não sei viver um relacionamento. Ou talvez seja melhor esquecer um pouco isso, só aproveitar, sem me envolver, sem envolver meus sentimentos. Isso é quase impossível se tratando de mim, infelizmente eu nasci romântico.- 

 Mateus off 


 Descansar a mente, me desprender dos últimos acontecimentos e relaxar era o que eu mais queria, por isso fui direto pra minha casa. Chegando lá, a família toda estava na sala, rindo e falando alto como sempre, e entre eles estava o meu jogadorzin -lê-se meu ponto de paz- 
Thais: Que isso gente, Natal antecipado? 
Daniel: Chegou a estaga prazeres. -riram- 
Thais: Nossa pai, tô chorando por dentro. -rimos- Oi! -sorri e dei um selinho no Júnior- 
Neymar: Oi, amor! -sorriu e me fez sentar em seu colo- 
Thais: Do que vocês tão falando? 
Gil: Brasil. 
Carla: Ta animada? 
Thais: Até que tô. -ri- 
Daniel: E você, filha? -perguntou à Isabela, que não estava prestando atenção em nada.- Isa? 
Isabela: An, oi? 
Gil: Animada pra ir pro Brasil, mané? 
Isabela: Ah, nem pensei nisso. Licença. -se levantou e subiu- 
Daniel: Isabela ta estranha ultimamente. 
Carla: Não começa, Daniel. 
Thais: Também vou indo. -Júnior e eu subimos para o meu quarto. Ele deitou lá, enquanto eu ia me despindo para o banho.- 
Neymar: Sério que você vai fazer isso? -riu- 
Thais: O que? Tomar banho? Vou sim. -ri- 
Neymar: E vai tirar a roupa aqui? 
Thais: Eu só tirei os tênis e a blusa. -ri e ele veio até mim- 
Neymar: Você ama me provocar, né? -perguntou enquanto me puxava de modo firme, colando meu corpo ao seu e beijando meu pescoço, sabendo bem que esse é o ponto fraco.- 
Thais: Você também não fica pra trás, né? -me soltei dele, com certo custo, e fui tomar meu banho, antes que me rendesse e mudasse de ideia. Quando voltei ao quarto, ele estava assistindo Os Vingadores, vestido só com uma calça de moletom.- Vai dormir aqui, sem teto? -ele riu- 
Neymar: Cê me da abrigo? -rimos- 
Thais: Uhum, mas só hoje, nem se acostuma. -lhe dei um beijo e deitei no seu peito.- Que horas você embarca amanhã? 
Neymar: 23:00. Mas o dia é todo nosso. 
Thais: Gosto assim. -o olhei e ele selou nossos lábios- 
Neymar: Como foi no médico com a Isa hoje? 
Thais: Normal, ta tudo bem. 
Neymar: Que bom. 
Thais: É. Contei ao Mateus e ele reagiu bem. 
Neymar: Era de se esperar, Mateus é um cara maneiro. 
 Thais: Uhum. Mas agora eu quero muito ficar quetinha e relaxar. 
Neymar: Ah é? -assenti de forma meiga e ele me encheu de beijos pelo rosto.- Pera aí. -se levantou e apagou a luz- Agora vem aqui. -disse sorrindo e nos deitamos de conchinha.- 
Thais: Eu te amo. 
Neymar: Eu também te amo, muito. -Sorri. Me aconcheguei em seus braços e recebi cafuné nos cabelos até pegar no sono, o que foi bem rápido. Estar com ele me acalmava e me fazia esquecer dos problemas. Cada toque, beijo, palavra, e todo o resto desaparecia.





Heeeeeey cookies! Hoje eu tô feliz tuts tuts heuehueh E vocês, como walks a life? (preciso parar de escrever essas merdas).
Quero agradecer do fundo do meu coração à todas as 38 pessoas que comentaram o capítulo passado, eu amo vocês!
Como assim só 38? Pois é! Eu não gosto muito de cobrar nada de vocês, até porque nem tenho direito, mas os comentários caíram, mas as visualizações não, e por isso eu fiquei triste. A história ta ruim? Querem que eu mude algo? É só me dizer, e eu mudo o que não agrada, afinal, essa fic é DE VOCÊS, PRA VOCÊS! 
Enfim, o que acharam desse capítulo? O que acham que vai acontecer? No próximo capítulo tem THAMAR DAY, PORRA! Beijos da Bia <3

sábado, 23 de agosto de 2014

CAPÍTULO 39 - "It's what I'm afraid of losing you!"

Segui para o meu quarto, deixei o suco -que eu já havia perdido a vontade de beber- na mesinha, e me deitei. Deixei que meu cérebro processasse os últimos acontecimentos. Minha preocupação instintiva com a Isabela, tudo que ela me contou, e o nosso abraço. Sem falar no que havia acontecido com o André, e a discussão com o Neymar.
A verdade é que isso tudo me deixou aflita, e fez com que o meu sono demorasse a aparecer [...]
No horário habitual, meu iPhone despertou. Me arrumei para a última semana de aulas, peguei todos os meus trabalhos e coisas, e desci. Rita estava colocando a mesa, me sentei no mesmo momento em que a Carla e meu pai chegaram de Madri e subiram pra se arrumar. Gil provavelmente deu pt ontem. E Isabela com certeza não vai pra faculdade.
Tomei meu café da manhã sozinha e tranquilamente, depois segui pra faculdade. Encontrei o Mateus no portão.-
Thais:
Morning! -abracei ele-
Mateus:
Bom dia! -passou o braço por cima dos meus ombros e fomos entrando- Ansiosa pra ir pro Brasil? -perguntou enquanto nos sentávamos no pátio, tínhamos alguns minutos antes da primeira aula. Respondi dando de ombros- Que foi?
Thais: Ah, sei lá, só não tô animada.
Mateus: Brigou com o Neymar? -assenti- Por?
Thais: André. -ele revirou os olhos- Mas não precisa ficar dizendo que ele ta certo e blá blá blá.
Mateus: Mas você sabe que ele ta.
Thais: Ta bom. Mas ele é um grosso, idiota! -Mateus riu-
Mateus:
Discuti com a Laila ontem também.
Thais: E você é outro idiota! -rimos- o que aconteceu?
Mateus: Ah, bobeira. Ela queria sair e eu não. Ela ficou brava, chamou a Rafa, saiu e disse pra que depois eu não reclamasse. Tô nem aí!
Thais: Mateus, você gosta mesmo dela? -perguntei em tom suave, mexendo no fone de ouvido que estava pendurado na blusa dele-
Mateus:
Ah...
Thais: Não enrola! -o encarei-
Mateus:
Eu gosto, Thais, gosto de verdade. Ela é uma pessoa incrível, inteligente, linda, e outras coisas que você não vai querer saber. -disse maliciosamente-
Thais:
Mas não é amor?
Mateus: Não é amor! Ah, você sabe...deixa pra lá.
Thais: Você não diz pra ela que sente sem sentir né?
Mateus: Não. Tento ser o mais sincero possível. Eu queria amar como ela merece, mas a gente não escolhe, né? -assenti e deitei a cabeça no seu ombro. Será possível que ele nunca vai esquecer a Isabela? Pensei até em contar sobre a gravidez dela, mas como ele reagiria? Melhor deixar o tempo dizer. Só não quero vê-lo sofrer mais por ninguém. Me dói o coração só de pensar nessa possibilidade. Rebeca e André passaram por nós e eu só acenei para os dois. O sinal tocou, nos despedimos e fomos para as nossas respectivas salas de aula.
Passei todas as aulas bem pensativa, no meu canto, quase sem trocar uma palavra com ninguém. No intervalo foi a mesma coisa, fiquei deitada no ombro do Mateus o tempo inteiro, enquanto ele me fazia cafuné.
Quando todos os horários tiveram fim, nós dois fomos indo pro estacionamento. Chegando lá, tive uma surpresa, Júnior estava encostado no meu carro, desalarmei e ele se assustou, me segurei pra não rir, o Mateus riu.-
Mateus:
E aí, moleque?! -fez um toque com ele-
Neymar:
Fala aê, Mateuzin. -cumprimentou ele, depois me olhou-
Thais:
Desencosta do meu carro, por favor? Preciso ir embora. -ele negativou com a cabeça, revirei os olhos-
Neymar:
Meu carro ta lá fora.
Thais: i?
Neymar: Almoça comigo?
Thais: Tenho coisas pra fazer.
Neymar: Thais, só um almoço. -se aproximou, pegando minha mão-
Mateus:
Aceita logo, caralho! -eles riram-
Thais:
Um almoço, só um almoço! -ele assentiu sorrindo- Fica com o meu carro, por favor. -entreguei a chave pro Mateus-
Mateus:
Ainda quero aquela ajuda lá em física, hein?
Thais: Passa lá em casa mais tarde. -ele assentiu e entrou no carro. Saindo logo em seguida.-
Neymar:
Vamos? -soltei sua mão, ignorei sua pergunta e fui saindo do estacionamento da faculdade. Vi seu carro do outro lado da rua, ouvi ele andando um pouco atrás de mim e desalarmando o carro. Fui até lá e entrei, fiquei olhando pelo vidro e ele estava atendendo algumas pessoas que o pararam. Fiquei olhando o feed do instagram, e me distraí. Só percebi quando Júnior também já estava dentro do carro.- Cê sabe que não é só um almoço né? -perguntou dando partida-
Thais:
An?
Neymar: Quero conversar com você, sobre ontem.
Thais: Ah, ta bom. -disse tentando não demonstrar muita importância. Mas a verdade é que eu estava um tanto quanto culpada por não tê-lo ouvido sobre o que disse do André. E também estava com medo de sua reação, quando ficasse sabendo o que ele disse.
Fiquei durante todo o caminho perdida em devaneios. Só me dei conta que chegamos quando ele anunciou.-
Neymar:
Chegamos! -saí do transe e percebi que estávamos na casa,dele, estacionando na garagem, mais especificamente.-
Thais:
Pensei que íamos almoçar. -disse abrindo a porta-
Neymar:
E vamos. -sorriu, tirou o cinto de segurança, se inclinou e pegou algumas sacolas no banco de trás do carro.- Comida mexicana! -sorriu e também saiu. Entramos na casa que estava totalmente silenciosa, ele seguiu para a sala de jantar, e eu me sentei no sofá. Logo ele voltou sem as sacolas, e se sentou de frente pra mim.-
Thais:
Então? -o encorajei a começar o assunto-
Neymar:
Quero me desculpar por ter sido grosso com você ontem. Só Deus sabe o quanto eu tô culpado, você não merecia aqueles gritos. Me desculpa, amor! -pegou minhas mãos-
Thais:
Tudo bem. -cedi rápido demais? Não, essa conversa ta só começando.-
Neymar:
Sério? -sorriu e eu assenti-
Thais:
Eu fiquei com raiva na hora, com vontade de socar sua cara, pra falar a verdade -ele deu um risinho- mas, já passou. E também quero te contar umas coisas...
Neymar: Fala, amor.
Thais: O André me chamou pra sair e eu aceitei...
Neymar: Quê? -alterou o tom de voz-
Thais:
Se for gritar eu paro e vou embora. -ele suspirou e eu prossegui- Nós fomos jantar, e...-contei absolutamente que já aconteceu entre mim e o André, e tudo que aconteceu na noite anterior. Eu podia ver em seus olhos como ele ficou irritado. Mas mesmo assim não me interrompeu.-
Neymar:
Então quer dizer que vocês já ficaram? -perguntou bravo, enquanto se levantava- 

Thais: Sim. Mas como eu disse, foi antes de eu e você termos nos envolvido.
Neymar: Puta que pariu! Se a sua intenção era me deixar mais seguro depois de contar isso, não adiantou!
Thais: Neymar? Quem é meu namorado? É você, porque é você que eu amo, droga!
Neymar: Agora você percebe que eu tava o tempo todo certo? Ele era e ainda é afim de você.
Thais: Sim. Você tá certo. Então, me desculpe por não te ouvir, ok? -fui até ele e o abracei, mas ele não me respondeu, então desfiz o abraço- O que foi? -perguntei olhando em seus olhos-
Neymar:
É que eu tenho medo de perder você! -murmurou e eu sorri-
Thais:
Você não vai! -acariciei seu rosto, enquanto ainda olhava aqueles olhos verdes-
Neymar:
Eu te amo tanto, sabia? -eu sorri-
Thais:
Sabia. -rimos e ele me beijou. Um beijo que continha tudo, menos calma. Ao mesmo tempo colocou suas mãos na barra da minha blusa, e só desgrudamos nossos lábios para que ele pudesse tira-la do meu corpo. Trilhou beijos por todo meu pescoço, me deixando entregue, até sua boca encontrar a minha de novo.- No quarto. -sussurrei ofegante soltando seus lábios. Ele não me respondeu, mas me pegou no colo e subiu as escadas rumo à seu quarto, enquanto ainda nos beijávamos. Júnior me deitou na cama e arrancou meu sutiã, começando uma série de enlouquecedores chupões nos meu seios. Meus gemidos estavam descontrolados, mas ele parecia querer mais. Sem pressa, e sempre me encarando de um jeito malicioso, tirou minha calça e calcinha, chegando , usou sua língua para me estimular. Perdi todo o controle sobre meu corpo, com uma mão segurava firme seus cabelos, e com a outra segurava o lençol, enquanto o cômodo era preenchido pelos sons dos gemidos. Assim, cheguei ao clímax, mas queria mais, nós dois queríamos. O puxei e o beijei, tirei toda sua roupa, e antes que eu pudesse levar minha boca ao seu membro, ele me repreendeu.-
Neymar:
 Não, amor. Quero sentir você! -sorriu e veio me penetrar-
Thais:
A camisinha! -disse antes que ele fizesse-
Neymar:
Ta lá no banheiro, amor. -disse beijando meu pescoço-
Thais:
Vai buscar. -ele me olhou incrédulo, mas se levou e foi. Voltou já prevenido, se encaixou entre as minhas pernas e me penetrou forte, gememos juntos, e depois de um tempo, chegamos ao ápice também juntos. Deitei em seu peito e ele ficou me fazendo cafuné já estava quase pegando no sono, mas ele quebrou o silêncio.-

Neymar: Cada vez mais maravilhosa! -pelo seu tom de voz eu sabia que ele estava sorrindo. Corei, obvio-
Thais: Cala boca. -ele riu-
Neymar:
Eu te amo!
Thais: Eu também te amo, muito! -ele beijou o topo da minha cabeça- Júnior?
Neymar: Oi, princesa?
Thais: Tô com fome. -rimos-
Neymar:
Eu também. Vamos descer, e almoçar. -nos levantamos, mas antes de descer, tomamos um banho juntos. Rolaram carícias, mas só. Vesti uma camisa dele que ficava quase um vestido em mim, penteei meu cabelo, deixando-o solto. Ele também se vestiu, e nós descemos. Esquentamos a comida, e almoçamos no melhor clima possível, com muitos beijos, brincadeiras e risadas. Quando terminamos, fui lavar a louça, enquanto ele secava e guardava. Estava cantando uma música do John, mas o Júnior me interrompeu-
Neymar: Amor?
Thais: Oi?
Neymar: Posso te fazer uma pergunta?
Thais: Já fez. -ri- Fala aí.
Neymar: Por que insiste tanto na camisinha? Sei lá, a gente namora, se ama, porque sempre...-o interrompi-
Thais:
Porque sim.
Neymar: Ótima resposta. -odeio quando ele é sarcástico-
Thais:
Não é falta de confiança, óbvio! Mas eu tenho medo de engravidar, sei lá, Júnior, vai que...
Neymar: Mas se acontecesse seria perfeito. -sorriu-
Thais:
Se fosse no tempo certo. Tô na faculdade, nem tenho uma carreira, ou seja, agora não.
Neymar: Ah, é, ok. Você ta certa.
Thais: Eu não faria nada sem proteção hoje, ainda mais depois de ontem. -disse por impulso-
Neymar:
O que mais teve ontem?
Thais: Isabela ta grávida.
Neymar: Sério isso, amor?
Thais: Acha que eu brincaria com isso? Cheguei, encontrei-a chorando, e ela me contou.
Neymar: Putz.
Thais: Mas calma que vai piorar. Ela foi contar pro Felipe, e pegou ele na cama com outra.
Neymar: Filho da puta do caralho! -disse bem indignado, e um pouco alto. E deixou os talheres que estavam em sua mão, cair-
Thais:
Pois é.
Neymar: Que cara trouxa! Caralho, coitada da Isa. -assenti- Seu pai já sabe?
Thais: Não. Só eu, ela, o canalha, e agora você.
Neymar: O que ele disse sobre o bebê?
Thais: Disse que não quer filho.
Neymar: Mano, se eu encontrasse esse cara ele ia ver só umas coisas. -eu podia ver em seus olhos o quanto ele ficou irritado ao ouvir isso tudo. Durante esse tempo, aprendi que o Neymar é capaz de muitas coisas. Menos trair uma mulher, e abandonar um filho. E eu o admirava e amava ainda mais por causa disso.-
Thais:
Ei, calma. O foco agora é ajudar ela! -disse docemente, enquanto me aproximava, lhe roubando um beijo-
Rafa:
Cheguei nessa porra, cessou de putaria! -gritou rindo e entrando na cozinha, junto com a Laila. Tivemos que rir-
Laila:
Cabelo molhado, camisa dele. Rolou ozadia. -riram-
Thais:
Tô doando umas passagens pra puta que pariu, tão afim? -rimos-
Neymar:
Onde vocês tavam?
Rafa: Por aí.
Thais: Tem macho no meio que eu sei. -zoei-
Neymar:
Se eu descolar, Rafaela.
Rafa: Vai fazer o que? Tenho dezoito anos, d-e-z-o-i-t-o. -soletrou e nós rimos, menos ele-
Laila:
A gente tava no shopping, lerdezas. -riu- As sacolas tão na sala, tua blusa também, Thais, no chão. -riram-
Thais:
Ai caralho! -corri lá e a peguei, subi ao quarto do Júnior e vesti minha roupa. Voltei lá pra baixo e ficamos conversando -rindo e zoandouns aos outros- até que a tia e o tio chegassem. Eles pediram que eu ficasse pro jantar, mas eu havia marcado com o Mateus, então Júnior foi me levar em casa. Só o meu pai tava na sala, cumprimentamos ele e subimos, antes de ir ao meu quarto, bati na porta do quarto da Isabela. Ela deu permissão e nós,entramos.-
Neymar:
Ô, Isa. -disse indo abraça-la e ela correspondeu.- Fica tranquila que vai dar tudo certo! -disse enxugando algumas lágrimas dela quando desfizeram o abraço- Depois que eu comecei a namorar sua irmã, a gente se afastou um pouco, mas nós sempre fomos amigos, e você sabe que pode contar comigo, né? -por Deus, como eu fui arrumar alguém tão único, especial e querido assim pra namorar?-
Isabela:
Obrigada, Juninho, obrigada mesmo! -ele sorriu-
Thais:
Como você ta? -perguntei me aproximando-
Isabela:
Na mesma. -deu de ombros-
Thais:
Comeu alguma coisa?
Isabela: Sim, mas foi tudo ralo a baixo. -deu um risinho-
Neymar:
Já foi ao médico?
Isabela: Não, mas marquei uma consulta pra amanhã. Como a Thais disse, é um novo começo. Meu filho precisa de mim.
Thais: Isso!
Isabela: Thais, sei que isso que eu vou te pedir pode parecer estranho, mas... Será que você poderia ir comigo amanhã...na consulta? Não queria ir sozinha. -seus olhos marejaram-
Thais:
An, é...posso sim!
Isabela: Marquei pra depois da faculdade. Não posso ficar faltando muito. Meu filho precisa de uma mãe que tenha uma profissão. -riu fraco-
Neymar:
Ta certa, Isinha! -eles fizeram um toque. Em seguida Isabela fez uma careta e correu pro banheiro, depois ouvimos o barulho, ela vomitou!-
Thais:
Cê ta legal? -perguntei quando ela voltou ao quarto e ela apenas assentiu-
Neymar:
Isso é normal, amor. -me explicou com naturalidade-
Thais:
Nossa, mãezinha, desculpa. -ironizei e a Isabela riu-
Neymar:
Pai, palhaça, eu sou pai. -ri- Vamos deixar ela descansar, vem. Tchau, Isa.
Isabela: Tchau! -fomos para o meu quarto, liguei a tv e nos deitamos.-
Neymar:
Que horas o Mateus vem?
Thais: Sei lá, eu disse a noite, e já é de noite.
Neymar: Hum...acho que ele não vem. -deu um risinho e me beijou com urgência.-
Mateus:
Eta, cheguei! Para com essas coisas aí! -disse rindo enquanto entrava no quarto e nós levamos um susto-
Neymar:
Valeu, Mateus! -disse ironicamente enquanto se levantava, eles riram e fizeram um toque- O que vocês vão fazer mesmo?
Mateus: Estudar física.
Neymar: Deus me livre. Tô indo nessa.
Thais: Burro. 

Neymar: Seu pai, que te fez. -eles riram e eu mostrei o dedo do meio- Te amo. -me deu um selinho, se despediu do Mateus e saiu. Mateus e eu ficamos umas duas horas estudando a matéria, ajudei ele no que tinha dificuldade, e depois ficamos só papeando sobre coisas sem importância.
Quando ele foi embora, eu tomei um banho, e fui dormir, estava sem fome.
No dia seguinte fui pra faculdade normalmente, e tudo correu bem. Já na hora da saída, Mateus me chamou pra almoçar.-
Mateus:
Vamos! Tô com vontade de comer Subway.
Thais: Já falei que não da.
Mateus: Insuportável! -dei um tapa em seu braço- por que não?
Thais: Vou sair.
Mateus: Mentira.
Thais: Porra, é sério.
Mateus: Vamos, Thais, não quero ir sozinho e a Laila ainda ta bolada.
Thais: Não dá!
Mateus: Aonde tu vai?
Thais: No médico, com a Isabela. -falei por impulso, pra me livrar de sua insistência-
Mateus:
Isabela? O que a Isa tem?





Mais uma capítulo pra vocês, meus cookies! Gostaram? Espero que sim! Me contem o que vocês acharam, ok? Tô sem criatividade, mas...
Obrigada pelos comentários no último capítulo e comentem esse bastante também! haha
Me desculpem pela demora! Acho que é isso, beijos da Bia <3

OMG, eu tenho uma leitora Tributo! hahaha De qual Distrito você é? Me diga que é do 3! <3

Indicando:  http://vocemefaztaobem-njr.blogspot.com.br/2014/08/apresentacao.html

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sábado, 9 de agosto de 2014

CAPÍTULO 38 - Regardless of everything, sisters!

Cogitei a possibilidade de esquecer essa preocupação e seguir ao meu quarto, mas a medida que eu ia ouvindo os soluços e o choro desesperado da Isabela do outro lado daquela porta, meu coração se apertava mais. Então resolvi insitir.-
Thais:
Isabela, para. Abre logo essa porta. -pedi de um jeito gentil que eu nunca uso com ela-
Isabela:
Me deixa.
Thais: Por favor, abre...-um breve silêncio prevaleceu, e só foi quebrado pelo som de seus passos se aproximando da porta, e o da chave a destrancando. Girei a maçaneta e entrei, encontrando Isabela sentada no chão, encostada na cama, abraçada com os joelhos, e o rosto completamente vermelho e transbordando desesperadamente em lágrimas. Senti um calafrio descofortável tomar meu corpo, meu coração se acelerou ao vê-la tão desesperada. A última vez que isso aconteceu, foi à quase onze anos, no dia do acidente da nossa mãe. Só poderia ter acontecido algo muito ruim mesmo para deixá-la outra vez nesse estado. Eu normalmente não me preocuparia assim com Isabela,mas algo me dizia que ela precisava de mim e que eu deveria esquecer tudo e ajudar minha irmã. Me sentei ao seu lado e ela começou a secar suas lágrimas, dei um tempo para ela tentar se recompor, e só então me pronunciei.- Quer me contar o que aconteceu?
Isabela: Por que você ta fazendo isso?
Thais: O que?
Isabela: Fingindo que se importa comigo. -disse fixando seus olhos nos meus-
Thais:
Não tô fingindo, eu só...é, eu fiquei preocupada. Sei que nós duas não temos uma relação de irmãs, ou de qualquer outra coisa. Mas isso não significa que eu desejo seu mal. Não sei o que te deixou assim, mas quero que me conte, eu quero tentar te ajudar. Você costumava fazer isso por mim quando éramos crianças. Lembra daquela vez que chamaram nossos pais na escola porque eu joguei aquela menina Luana na lixeira do pátio, e você fingiu estar passando mal só pra eles não me darem bronca? -disse nostalgica, e Isabela pareceu se lembrar, já que deu um leve sorriso no meio das lágrimas.-
Isabela:
Tínhamos uns 9 anos e você já era desse jeito. -ri e assenti. Um breve silêncio tomou o cômodo outra vez, mas eu o quebrei.-
Thais:
E então? Vai deixar eu tentar te ajudar?
Isabela: Você não pode, na verdade ninguém pode.
Thais: Quem garante? Me diz o que aconteceu. -ela levantou seu olhar em direção ao meu outra vez e voltou a chorar, talvez se lembrando do ocorrido.-


Flashback Isabela on

Aquele atraso menstrual começou a me preocupar, principalmente depois de ter enjoado e vomitado por causa do cheiro do meu próprio perfume. Eu precisava me livrar das incertezas. Acordei no domingo e já se passavam das onze, senti um cheiro de café, corri para o banheiro, e lá se foi todo meu jantar da noite anterior. Me recompus, tomei um banho, e liguei para a farmácia mais próxima. Pedi cinco testes de gravidez de marcas diferentes. Desci até o portão e fiquei esperando o entregador, pra ter a certeza que minha encomenda não cairia em mãos erradas. Assim que chegou, peguei, paguei e subi correndo direto para o meu quarto. Me tranquei no banheiro e comecei pelo teste da marca que tinha o preço mais barato, segui as instruções e...positivo. Ok, é uma marca barata, pode ser que esteja errado. Foi o que eu pensei. Fiz os mesmos procedimentos com os outros quatro testes, partindo sempre do que havia custado menos, mas quando cheguei no mais caro, também obvite o mesmo resultado. POSITIVO! Essa palavra penetrou na minha mente, e começou a me desesperar. Eu estou grávida, grávida! Ai meu Deus, grávida aos 20 anos, sem terminar a faculdade, sem me casar. Eu não podia acreditar! Como todos reagiriam? Minha família, a do Felipe?
Deixei que as lágrimas rolassem, na tentativa falha de atenuar o desespero que eu estava sentindo. Peguei um único teste e voltei ao quarto, me joguei na cama ainda chorando e sem saber o que fazer, chorei tanto que acabei pegando no sono outra vez. Tive um sonho confuso, via Felipe segurando um bebê, ele sorria na minha direção, imaginei que aquele fosse o nosso filho, e também sorri. Mas uma mulher passou por mim e seguiu em direção à ele, Felipe entregou o bebê à ela e a beijou. Tentei me aproximar mas não conseguia me mexer, tentei gritar mas a voz não saía. E assim, eu acordei, bem assustada. Olhei para a minha mão esquerda e ainda segurava aquele teste com o resultado positivo, o deixei lá e levantei. Olhei às horas e eram 14:26, lavei meu rosto e fui ao closet, tirei a regata que vestia e tentei reparar em alguma diferença no meu corpo, meus seios estavam um pouco doloridos, mas ainda iguais. E a minha barriga não dava nem um pequeno sinal de que havia alguém crescendo ali, é muito cedo. Passei minhas mãos sobre ela e sorri, acho que esse foi o primeiro bom pensamento que tive desde que descobri tudo isso. Mas logo o medo voltou, vesti minha blusa e voltei para o quarto, vi o porta retrato com uma foto minha e do Felipe, e senti um arrepio me lembrando daquele sonho, ou pesadelo. Peguei a foto e fiquei olhando por longos minutos, enquanto chorava e viajava por nossas lembranças juntos. Como será que ele vai reagir?
Ouvi alguém bater na porta do quarto, e me tirar dos meus pensamentos. Era a Carla me perguntando se eu não iria comer nada. Respondi sem abrir a porta e ela se foi, lavei meu rosto, passei corretivo e desci. Eu estava morrendo de fome, quer dizer, estávamos. Sorri do meu pensamento, e desci. Almocei sozinha, já que os outros já haviam comido, e voltei ao meu quarto. Me deitei, liguei a tv, mas não conseguia me concentrar em absolutamente nada. Um misto de medo, ansiedade e pequena alegria, me consumiam e eu não conseguia fugir disso. Diquei o número do Felipe no iPhone mas não tive coragem de ligar. Decidi que eu deveria ir até lá, e contar pessoalmente sobre o nosso filho. Isso até soa bonito. Sorri imaginando a reação do meu amor, e fui para o banho. Me troquei, mas antes que eu pudesse sair, travei, me faltou coragem. Peguei minhas coisas e saí, mas fui para a praia, fiquei lá durante longas horas, apenas sentada admirando tudo, pensando em tudo, as vezes chorando e ouvindo música. Quando anoiteceu resolvi que não dava mais para adiar, eu teria que fazer aquilo.
Me levantei e segui para o carro, mas alguém estava reclamando muito de fome, então fui ao Burguer King. Depois de comer até quase explodir, cheguei a conclusão de que essa gravidez vai me fazer sair rolando por aí. Mesmo assim ri disso, e até imaginei Felipe me contrariando, e me enxendo de elogios. Sorri e senti a coragem me retomar, entrei no carro e fui para o apartamento dele. Vai dar tudo certo. Repeti para mim mesma, assim que o elevador parou em seu andar. Peguei a chave extra debaixo do carpete, e entrei pronta para surpreendê-lo literalmente. Fui seguindo e encontrei sua blusa jogada no chão da sala. Uma das poucas coisas que me irritam nele é essa sua falta de organização. No primeiro degrau da escada estava sua bermuda. Merda, Felipe! Antes que eu chegasse na porta de seu quarto meus olhos não conseguiam acreditar no que estavam vendo, haviam uma calcinha e um vestido jogados ali, e nenhum dos dois eram meus. Mas o que ta acontecendo aqui? Chutei aquilo com nojo, e abri a porta do quarto. Mas se eu soubesse o que veria, não teria feito isso. Senti minhas pernas bambearem, meu coração doer, meus músculos se contraíram e senti as lágrimas me tomarem. Felipe estava dormindo com uma garota, ela estava deitada em cima dele, e ele abraçava sua cintura. Os dois estavam suados, e completamente nus.
Eu não conseguia aceitar o que estava presenciando. O meu namorado, o homem da minha vida, o meu Felipe, estava me traindo! E o pior, eu estou carregando um filho dele, o nosso filho! Uma tontura me tomou, e de repente tudo ficou preto [...]
XX:
Isa? Isa? Acorda, Isa? -eu ouvi a voz do Felipe me chamar, e logo imaginei que abriria os olhos e estaria tudo bem, que tudo aquilo não havia passado de um pesadelo. Mas não foi o que aconteceu, abri os olhos e constatei que ainda estava no apartamento do Felipe, deitada no sofá, com a cabeça em seu colo, mais especificamente.-
Isabela:
Cadê ela? -perguntei me levantando rapidamente, e sentindo outra tontura que quase me fez cair de novo.-
Felipe:
Ela quem? -cara de paú-
Isabela:
A vagabunda com quem você me traiu! -gritei quase chorando de novo-
Felipe:
Ela foi embora. Mas amor, me esculta...-o interrompi-
Isabela:
Não vou escultar nada. Você me traiu! Por que, Felipe? O que ela tem que eu não tenho? -desabei no choro-
Felipe:
Não é isso, é que ela ficava dando em cima de mim, e não é de se jogar fora. Mas eu amo você. -disse vindo me abraçar-
Isabela: Não toca em mim! -me afastei-
Felipe:
Para com isso, vai. Me desculpa! -disse usando o tom de voz manhoso que usa quando quer me convencer-
Isabela:
É muito fácil pedir desculpas, não é você quem ganhou um par de chifres! Como você pôde ter mudado tanto? Como teve coragem, Felipe? Você disse que me amava. -disse entre soluços-
Felipe:
Eu amo, agora deixa de frescura, eu já pedi desculpas! -cada palavra que saia da boca dele atingia meu coração como um tiro-
Isabela:
Você estragou tudo, absolutamente tudo que construímos. Eu só vim aqui, pra te contar do nosso filho. -senti outra tontura e me sentei-
Felipe:
Que filho? Não tem necessidade de ficar inventando coisas, Isabela. Eu vou ficar contigo, aquela menina foi só umas transas.
 -como ele podia ser tão insensível?-
Isabela: Não é invenção, eu estou grávida! Mas não se preocupe com isso, eu não que você perto de mim! Pode ficar com todas as putas que você quiser. Eu te odeio! -disse com dificuldade porque eu estava chorando e soluçando muito mais-

Felipe: Essa história é mesmo verdade? Porque se for, quero que você saiba que sem dúvidas não ta nos meus planos ter filho nenhum agora! -ele disse com toda frieza do mundo, como se tivesse falando de qualquer coisa, como se não tivesse falando do nosso filho. Nunca havia sido tão magoada em toda minha vida. Toda nossa história, planos, promessas, nosso namoro, ele jogou fora e ainda destruiu meu coração. Como ele foi capaz?
Saí daquele lugar o mais rápido que consegui. Eu nem sabia de onde vinham tantas lágrimas, mas eu não conseguia me acalmar e parar de chorar.


Flashback Isabela off

Ouvi atentamente toda história, e imaginei a dor que minha irmã estava sentindo. Eu também fui traída por um idiota que eu amava cegamente. 
Dói acreditar em promessas, acreditar no amor reciproco, e descobrir que estava sendo feita de trouxa. Dói saber que só você era quem amava no relacionamento, dói saber que foi trocada, abandonada. Mas o caso dela é ainda pior, ela perdeu o pai do seu filho!-
Isabela: Foi isso que aconteceu -soluçou- e ninguém pode fazer nada pra mudar isso.
Thais: O sei o quanto é difícil e quanto está doendo. Mas você vai passar por cima disso, e vai encontrar alguém bem melhor, digo por experiência própria. Quanto ao bebê, você pode cuidar muito bem dele, e ainda tem nossa família.
Isabela: Como vou contar isso à eles? Ao nosso pai?
Thais: Nossa mãe foi a mulher mais corajosa, forte, e íntegra que já conhecemos. E não foi só o sobrenome que ela nos deixou, somos fortes como ela...-ela me interrompeu-
Isabela:
Você é como ela, o pai sempre diz. Mas só você. Eu não consigo.
Thais: Você vai ter que ser forte, por você, e por esse bebêzinho. Não é o fim do mundo, é apenas um novo começo! Vai dar tudo certo! -me aproximei cautelosamente e a abracei. Foi estranho, pois as duas estavam desconfortáveis com a situação. Eu nem conseguia me lembrar da última vez que nos abraçamos, o que pensando bem, é triste. Logo relaxamos e apertamos um pouco o abraço, depois desfizemos.- Se precisar, me chame! -disse me levantando e seguindo até a porta-
Isabela:
Thais? -me chamou antes que eu saísse e eu olhei- Obrigada! -sorri sem mostrar os dentes, acenei com a cabeça e fui para o meu quarto.-



E aí, cookies?! Eu tô bem e vocês? Capítulo ficou meio pequeno né? Mas é um pouquinho de falta de tempo, o próximo ficará maior, promessinha!
O que acharam desse? Aqui se faz aqui se paga, ou estão com pena da Isabela? Gostaram da atitude da Thais de tentar ajudar? Me contem, e me digam o que acham que vai acontecer. E não se preocupem, próximo capítulo tem reconciliação de Thamar!
Enfim, acho que é só isso. Beijos da Bia

Ah, alguém quer me dar o livro "Jogos Vorazes Em Chamas"? heueheuhe


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