domingo, 25 de janeiro de 2015

CAPÍTULO 46 - Rafael

*Lembrando que o Mateus é quem está narrando.

Vinte minutos depois, eu estava estacionando na lanchonete. Onde encontrei Isabela sentada, em uma mesa na área externa, tomando algum suco, carregada de sacola de lojas infantis, ao seu redor.
Assim que me viu indo em sua direção, ela abriu um sorriso. Me sentei na cadeira logo a sua frente.
Mateus: Estão bem?
Isabela: Estamos ótimos! Obrigada por vir.
Mateus: Não precisa agradecer! -ela sorriu-
Isabela: Posso pedir só mais um favor?
Mateus: Pode.
Isabela: Estão preparando minha porção de batatas com patê. Pode esperar? Pedi para a viagem. -riu-
Mateus: Batatas com patê?
Isabela: Rafael! -deu de ombros-
Mateus: Sem problemas, Isa. Eu espero. -ficamos ali, esperando, enquanto conversávamos sobre o Rafa. E ela me contava com entusiasmo, como cada coisinha que havia comprado, ficaria ótima quando ele usasse.
A lanchonete estava cheia, e dez minutos após a minha chegada, ainda estávamos lá esperando-
XX: Isabela? -ouvi uma voz familiar, e masculina, atrás de mim. Isabela ficou pálida. Virei-me, e me deparei com o Felipe- O que é que você ta fazendo aqui?
Isabela: Não te devo satisfações!
Felipe: Claro que deve! Quem é esse cara? -me levantei, encarando-o de forma séria-
Isabela: Sai daqui, Felipe, por favor! -se levantou também, com as mãos sobre a barriga de oito meses-
Felipe: Ah, espera. Esse é aquele amiguinho da gostosa da tua irmã, né?- riu-
Isabela: Mateus, vamos sair daqui! -pediu-me, ignorando totalmente ele. Fui em sua direção, e comecei a recolher as sacolas, enquanto ela se apressava em sair dali-
Felipe: Espera! Volta aqui, que eu ainda não terminei! -continuamos andando, ele nos acompanhou-  Por que não tirou essa coisa de dentro de você, quando teve oportunidade? Como você ta dando pra esse cara, com essa barriga enorme? -disse ele, debochando. Assim que essas palavras entraram pelos meus ouvidos, eu senti meu sangue ferver. Ele não iria falar do Rafael e da Isabela daquele jeito, e sair impune. Larguei tudo que tinha nas mãos, e parti na direção dele, sem pensar duas vezes. Acertei um forte soco do lado esquerdo de seu rosto, e enquanto ele era afetado pela dor, atingi um chute certeiro em seu saco. Fazendo-o ajoelhar-se de dor, em seguida, desferi mais socos em seu rosto. Eu estava cego de ódio, e ele sem reação, devido as dores.
Algumas pessoas  começaram a se aproximar. Mas antes de esboçarem reação, eu parei. Porque Isabela gritava desesperadamente meu nome, enquanto chorava. Ainda desorientado, me aproximei dela- 
Isabela: Mateus, pelo amor de Deus...o Rafael! A minha bolsa estourou! Meu filho, Mateus! -ela chorava ao dizer. Olhei para seu vestido rosa, e ele estava molhado, assim como a extensão de suas pernas- Me ajuda! -suplicou-
Mateus: Vou levar vocês para o hospital, vai ficar tudo bem! -peguei-a no colo, e coloquei no banco traseiro do meu carro. Joguei todas as sacolas no porta malas. E saí daquele lugar, cantando pneu. Rafael queria nascer, e não podia ser ali.

[...]

Larguei o carro totalmente mal estacionado, do lado de fora do hospital. E outra vez, peguei Isabela nos braços, levando-a para dentro. Eu estava desesperado.
Dois enfermeiros colocaram-na em uma cadeira de rodas, e foram afastando-se de mim. Mas ela voltou a gritar meu nome-
Isabela: Deixem ele vir, por favor! -pediu, chorando-
XX: O senhor é o pai? -perguntou um dos enfermeiros-
Isabela: Sim! Pelo amor de Deus, deixem ele vir! -disse entre soluços. E enquanto eu segurava sua mão, e seguíamos juntos para a sala de anestesia. Eu era invadido por um sentimento inexplicável. Sei que Isabela está em choque e completamente apavorada, mas disse que sou o pai do Rafael. Todos sabemos que não sou. Mas o que é a biologia, em comparação ao imensurável sentimento que tenho por essa mulher e essa criança?
Quando tudo estava pronto, e até eu já havia me vestido com aquelas roupas especiais. Seguimos para a sala de parto. Minha mão já estava perdendo a circulação, de tanto que Isabela a apertava, mas eu não estava ligando. Eu tremia de tanta ansiedade, em toda a minha vida, eu nunca havia presenciado nada parecido.
Uma vedação impedia que víssemos de sua cintura para baixo, mas Isabela gritava, enquanto suor escorria por seu rosto, e ela fazia toda força do mundo, ainda a ponto de esmagar meus dedos.
A doutora Juliana -sua médica desde o início da gestação- lhe dizia palavras de incentivo. E quando achei que a Isa não suportaria mais um minuto, ouvimos aquele som. O primeiro choro de Rafael ecoou pela sala. Eu não consegui conter, a emoção daquele momento me acertou como uma flecha, e eu chorei junto com ele. 
A médica trouxe o pequeno até nós dois. Isabela chorava como nunca, um choro de alegria. Ele foi entregue nos braços dela, e imediatamente parou de chorar. Ela beijou carinhosamente a testa do filho, e voltou seu olhar para mim- Ele não é lindo?
Mateus: Perfeito! -sorri, acariciando seu rosto, ela fechou os olhos, e mais uma última lágrima solitária correu-

[...]

Já no quarto, a médica ensinava à Isa sobre a primeira amentação do Rafael, e de como o aleitamento o ajudaria no desenvolvimento. Eu me mantinha sentado, e em silêncio, no sofá próximo a porta. 
Assim que a doutora saiu, Isabela direcionou seu olhar para mim-
Isabela: Pode vir até aqui? -pediu com a voz suave, e eu me aproximei da cama. Onde Rafael mamava tranquilamente, perfeitamente acomodado nos braços da mãe- Eu preciso agradecer você, por tudo que fez por nós, essa noite!
Mateus: Não, sinceramente não precisa agradecer. Se precisasse, eu faria tudo outra vez! -ela sorriu-
Isabela: Você é uma pessoa maravilhosa, Mateus! -disse enquanto, delicadamente pousava sua mão livre no meu peito, e puxava o tecido da minha camiseta verde, de modo que nos fizesse ficar muito próximos. E então, ela tocou seus lábios nos meus, em um selinho suave. A olhei completamente confuso, e ela sorriu. Por que?-
Mateus: Eu...é, vou li...ligar, pra Thais. -disse nervoso, como uma criança que da seu primeiro beijo. Ela assentiu, e eu saí do quarto como um foguete. O que havia acabado de acontecer, me deixava mais do que confuso. Se eu gostei? Nada poderia ser melhor, porque eu amo essa mulher. Mas ela já brincou comigo. Por que quer humilhar meus sentimentos outra vez?
Tentei desviar meus pensamentos disso, peguei meu celular, ligando para a Thais logo em seguida.

Mateus off

Lá estava eu, acomodada entre as pernas do Júnior, enquanto estávamos deitados na minha cama, jogando Injustice, no vídeo-game.
Thais: Ganhei! 
Neymar: Deixei, mais uma vez!
Thais: Aceite que nem com o Aquaman, você consegue ganhar do meu Flash!
Neymar: Aceite que eu estou deixando você ganhar!
Thais: Aceite que sua namorada é melhor que você! -ri e me sentei- Se preferir, pode trocar de jogo, continuo ganhando! -dei de ombros-
Neymar: Ou nós podíamos fazer alguma coisa melhor do que jogar! -disse enquanto beijava meu pescoço, fazendo meu corpo inteiro ceder ao seu toque-
Thais: Ah é, que tipo de coisa? -perguntei provocativa, enquanto ele me colocava por baixo de seu corpo-
Neymar: Não sei, talvez isso aqui -deu um beijo no meu pescoço- Ou isso -dessa vez ele deu um chupão na mesma área, me fazendo gemer baixinho- Talvez isso aqui! -finalmente seus lábios encontraram os meus, em um intenso beijo-
Thais: Acho que gostei da ideia! -disse e iniciei outro beijo. Fomos interrompidos pelo toque do meu celular, mas não paramos. A pessoa desistiu, e o toque cessou. A essa altura, Júnior já estava tirando minha blusa. Mas meu celular voltou a tocar. Então eu parei- 
Neymar: Amorrr! -disse em um sussurro rouco-
Thais: Preciso atender! -ele revirou os olhos, saindo de cima de mim. Olhei no visor, e era o Mateus, ligando em ótima hora! Finalmente atendi a ligação- Me dê um motivo para não te xingar?
Mateus: Atrapalhei alguma coisa? -riu- Mas eu realmente tenho um bom motivo. O melhor de todos os motivos, para falar a verdade...
Thais: Mateus, fala, seu merda!
Mateus: O seu sobrinho...-hesitou-
Thais: O que tem o meu bebê? -perguntei, receosa-
Mateus: O Rafael nasceu! -disse radiante, e eu sabia que ele estava sorrindo-
Thais: Não brinca comigo! -disse já sentindo uma inexplicável alegria me invadir-
Mateus: Não é brincadeira! Estamos no Sant Paul. Corre pra cá!
Thais: Estou chegando! -quase gritei de tanta euforia, e ouvi ele rir, antes de desligar- Neymar! -gritei sorrindo-
Neymar: Vai acordar seu pai, e a tia Carla. O que foi?
Thais: Eles tem que acordar mesmo. O Rafael nasceu! -ele sorriu-

[...]

Após acordar e dar a notícia ao meu pai e madrasta, seguimos para o hospital. A cada metro percorrido, dentro do carro do Neymar, só me enchia mais de ansiedade para conhecer meu sobrinho.
Informaram-nos onde Isabela estava internada, e a doutora Juliana apareceu, autorizando que apenas duas pessoas entrassem por vez.
Antes mesmo de alcançarmos o quarto, encontramos o Mateus distraído, admirando, com um sorriso, o enorme vidro do berçário. Onde se encontravam diversos bebêzinhos.
Thais: Oi! -disse à ele, que ainda não havia notado minha presença-
Mateus: Oi! -desviou seu olhar para mim e sorriu-
Thais: Onde está ele?
Mateus: Ali, é ele. -apontou para um bebê, que estava com uma das enfermeiras- Acabou de fazer alguns exames. -explicou. A enfermeira saiu do berçário, passou por nós, sem nem que eu pudesse ver o Rafael direito, e entrou no quarto. Onde sua mãe e avós o aguardavam. Meu pai e Carla haviam entrado primeiro, no quarto da minha irmã.- Gil não veio, pois não estava em casa, mas já foi avisado- 
Júnior e eu, ficamos na sala de espera, enquanto Mateus nos contava tudo que havia acontecido. Eu mal conseguia acreditar, que a pessoa mais pacífica que eu conheço havia feito aquilo, mas o idiota o Felipe mereceu. E eu podia ver, através de seus olhos, o quanto meu amigo estava feliz, com achegada do pequeno.
A porta do quarto se abriu, e era nossa vez de entrar.
Neymar: Oi, mamãe! -disse em tom baixo, sorrindo-
Thais: Oi, Isa!
Isabela: Oi, gente! -sorriu, com o Rafael dormindo em seus braços. Me aproximei, sentando-me na beirada da cama-
Thais: Posso pegar ele?
Isabela: Claro! Conheça sua tia, Rafael! -disse la, ao me entrega-lo cuidadosamente. Rafael se mexeu, mas permaneceu dormindo. Analisei seu pequeno e lindo rostinho. Ele possuía os traços bastante parecidos com os meus, e os de sua mãe. O cabelinho era preto, como o de Felipe, infelizmente. Mas nada que tirasse seu jeitinho angelical, doçura e inocência. Eu já havia nutrido um amor enorme pelo meu sobrinho, ao longo dos meses. E tê-lo ali, tão indefeso, nos meus braços, só eternizou esse sentimento-
Neymar: Ele é tão pequeninho -disse sorrindo, quando fiquei de pé, ao seu lado-E lindo! -pegou na mãozinha do Rafa-
Thais: Quer segurar ele?
Neymar: Ah...não!
Isabela: Por que?
Neymar: Eu não sei fazer isso.
Isabela: Juninho, você é pai! -disse rindo-
Neymar: Tudo bem, eu quero. -sorriu. E eu entreguei Rafael em seus braços, o pequeno se espreguiçou, e abriu os olhinhos. Nos relevando duas lindas esferinhas castanhas. Herdadas da mãe. Júnior dava alguns passinhos, devagar, como se estivesse ninando o sobrinho. Enquanto Rafael o encarava, curioso. Eu era toda sorrisos, ao admirar aquela cena. Que Neymar era um pai maravilhoso, eu já sabia. Mas vê-lo com um bebê recém nascido, no colo, me despertou sentimentos maternos. Como será quanto tivermos o nosso? Mas é tão cedo. Por que eu estou pensando nisso?

[...]

Três dias se passaram. Minha irmã e sobrinho, acabaram de voltar para casa. Todos já conheceram o mais novo dos Collin.
Os meninos já planejaram uma data para vir aqui, visita-lo.
Meus avós desembarcam aqui esta noite. E eu fiquei encarregada de ir buscá-los no aeroporto, Júnior me acompanhou-
Thais: Que saudades! -abracei os dois ao mesmo tempo-
Luiz: Muita, filha! -puxou-me só para o seu abraço, ri-
Joanna: Como você está, querida? -me olhou de cima a baixo, como sempre faz quando quer analisar meu peso, e todo o mais-
Thais: Bem, vó!
Joanna: Oi, Neymar, querido! 
Neymar: Oi, dona Joana! -se abraçaram- Seo Luiz! -meu avô, sempre tentando ser durão, então os dois se cumprimentaram com apertos de mão-
Thais: Vocês vão adorar o meu sobrinho! -disse já no carro-
Luiz: Seu sobrinho o que, garota? -desdenhou- Meu bisneto! -rimos-
Joanna: Nosso primeiro bisneto! -sorriu, radiante-
Neymar: Logo terão o segundo! -brincou, minha avó riu-
Luiz: Como é, moleque? -perguntou, ríspido, era cômico-
Neymar: Quando eu e a Thais nos casarmos, claro! -foi a minha vez de rir, por vê-lo sendo intimidado por meu avô-
Joanna: Ele só está brincando, Luiz! -explicou e riu. O trajeto até minha casa, foi todo feito nesse clima.




EVERYBODY WANNA STEAL MY GIRL ♫

Oee, demorei por motivos de: minha criatividade ta uma bosta, esse capítulo ta uma bosta, eu tô uma bosta! Beijinhos

Não esqueçam de ler as duas fics novas, escritas por mim e pela J.K. Rowlling das fanfics, dona Sabrina Kelly.

EVERITHYNG TO ME

NOT A BAD THING!

Indicando: http://youaremyfirsttruelove.blogspot.com.br/

Tchau